As Tumbas de Atuan [Resenha]
Por Robson Mistersilva
Sinopse
Escito por Ursula k. Le Guin, “As
Tumbas de Atuan” é o segundo volume do Clico Terramar da Autora. Narra a
história da menina Tenar, escolhida Sacerdotisa Única das Tumbas de Atuan pelo
fato de acreditarem ser ela a reencarnação da suma sacerdotisa anterior,
falecida no dia do seu nascimento. Para poder cumprir seu papel, a menina perde
tudo: é retirada de sua família e passa a morar no Templo onde aprenderá a ser
a guardião das Tumbas, um lugar muito misterioso e sagrado para a seita dos
Inonimados.
A história percorre a vida de
Tenar, que passa a se chamar Arha, desde os seus seis anos, quando é levada
para sua nova vida, até a adolescência, quando ela se depara com um mago,
chamado Ged, que tinha a missão era roubar o Anel de Erreth-Akbe, um dos
grandes tesouros das Tumbas.
A narrativa, porém, é secundária,
a cada capítulo somos levados a refletir sobre várias questões da existência
humana. Conhecemos um mundo diferente do nosso, com uma cultura muito
diferente, mas que entendemos que certos costumes não são tão diferentes assim.
Solidarizamos-nos com o destino triste de Arha ao ser retirada de sua família
para crescer com desconhecidos e junto com ela vamos descobrindo e refletindo
sobre questões da vida.
As Tumbas de Atuam foi finalista
da Newbery Medal, um premio para os melhores livros juvenis de cada ano. Uma
leitura doce e pequena.
A técnica e a essência narrativa
O texto das Tumbas de Atuam pode
ser classificado como uma narrativa de aventura. Contudo, há uma especificidade
que o leitor precisa saber. Para aqueles que procuram apenas o deleite da
história, pode se decepcionar um pouco. Isso porque no início a narrativa é
monótona, nada de muito importante acontece na vida da protagonista. Conhecemos
seu dia a dia durante sua preparação para se tornar suma sacerdotisa e é como
se cada capítulo (dos iniciais) trouxesse um episódio na vida dessa menina, sem
muitos acontecimentos (mas muita reflexão). Acontece que a escrita dessa forma
é proposital. A escrita parada reflete a forma de vida da menina nas Tumbas,
também monótona e sem muito a fazer. A partir do momento que ela conhece o
feiticeiro, a narrativa acelera e começam a acontecer bons acontecimentos na
história. Mais uma vez é uma referência ao modo de vida da menina, que se
modifica a partir da inserção desse personagem.
As reflexões
As reflexões são um deleite a
parte. É possível extrair do texto vários temas e várias questões, desde as
diferenças sociais, como a solidão, amizade, preconceito, entre vários outros
temas que sua leitura promove. Em poucas páginas, é possível abstrair uma
infinidade de reflexões com as quais o leitor só tem a ganhar.
Informações adicionais:
160 páginas
Editora Arqueiro
2017
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